Organizações do Terceiro Setor encontram
dificuldades em conseguir recursos por não demonstrarem transparência em suas
atividades. Para preencher esta lacuna, o profissional da Contabilidade deve
atuar com competência técnica e propor soluções.
O primeiro setor é o Governo, que é responsável
pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões
individuais. Com a falência do Estado, o setor privado começou a ajudar nas
questões sociais, por meio das inúmeras instituições que compõem o chamado
terceiro setor. Ou seja, o terceiro setor é constituído de organizações sem
fins lucrativos e não governamentais, que têm como objetivo gerar serviços de
caráter público.

No Brasil, o terceiro setor tem crescido a cada dia
e, logo, suas obrigações contábeis e fiscais também têm sido aprimoradas para
fiscalizar e acompanhar todas as movimentações dessas instituições.
O terceiro setor é um conjunto de Pessoas Jurídicas
privadas de fins públicos e sem finalidade lucrativa, constituída
voluntariamente, auxiliando o Estado na persecução da atividade de conteúdo
social relevante que investem em obras sociais a fundo perdido.
Segundo o texto Marco legal do terceiro setor, o
conceito de Terceiro Setor “inclui um amplo espectro das instituições
filantrópicas dedicadas à prestação de serviços nas áreas de saúde, educação e
bem estar social. Compreende também as organizações voltadas para a defesa de
grupos específicos da população, como mulheres, negros e povos indígenas, ou de
proteção ao meio ambiente, promoção do esporte, cultura e lazer. Engloba as
experiências de trabalho voluntario pelas quais cidadãos exprimem sua
solidariedade mediante a doação de tempo, trabalho e talento por causas
sociais. Mas recentemente temos observado o fenômeno crescente da filantropia
empresarial, por meio das quais as empresas concretizam sua responsabilidade
social e seu compromisso com melhoria nas comunidades”.
Portanto a denominação de Terceiro Setor é
utilizada para identificar as atividades da sociedade civil que não se
enquadram na categoria das atividades estatais ou atividades de mercado.
Por se tratar de entidades sem fins lucrativos, o
profissional da Contabilidade tem papel fundamental nessas instituições. Muitas
organizações do Terceiro Setor encontram dificuldades em conseguir recursos por
não demonstrarem transparência em suas atividades. Para preencher esta lacuna,
o profissional da Contabilidade deve atuar com competência técnica e propor
soluções.
Segundo o conselheiro do CRCSP, Marcelo Roberto
Monello, as regras do Terceiro Setor são muito complexas. “Nesse setor, temos
de encarar todas as organizações com alto grau de profissionalização já que as
normas são idênticas para pequenas, médias e grandes. Outro aspecto a ser
observado como essência do Terceiro Setor é a questão ética. A falta de ética nos
negócios e na vida profissional propicia a exclusão social. Não se pode
admitir, nesse ambiente de sustentabilidade social, situação oposta à
inclusão”.
Para essas entidades, ser idônea não basta. Elas
têm de deixar clara essa idoneidade, sendo transparentes e prestando contas ao
público interno e externo. “O ideal é espelhar, nas demonstrações contábeis da
empresa, todas as informações detalhadas, formas de gestão, relação
público/privada, desde a apresentação das origens até a aplicação efetiva dos recursos
arrecadados”, diz Monello. “O profissional da Contabilidade precisa estar bem
inteirado sobre a organização, pois a divergência de informações conduz à má
interpretação e pode causar prejuízos, como perda de isenções, parcerias,
confiabilidade e credibilidade”, ressalta.
Portanto, a Contabilidade tem papel fundamental na
solução das dificuldades que as entidades de terceiro setor enfrentam neste
momento. Vilanova (2004, p.10) propõe à Contabilidade auxiliar nessa tarefa: “a
possibilidade da Contabilidade gerar informações que contribuam para uma
adequada avaliação do resultado e do desempenho dessas organizações”.
Para Bettiol Júnior (2005, p.16), “[...] o
benefício obtido pelos indivíduos por meio dos serviços prestados por essas
entidades [...] chamam cada vez mais a atenção dos doadores de recursos e da
sociedade [...], logo, elaborar demonstrações contábeis que possam colaborar
para satisfazer essas necessidades torna-se indispensável”.
Fonte: Contábeis. O portal da profissão contábil.
Cheguei a um objeto de uma ong ambiental: Consultoria, Empreendedorismo, Pesquisa, Estudos e Ensino
ResponderExcluirQual a categoria econômica aplicável? Ou há uma categoria única para ongs?
Explicação Consultoria, pq nossos colaboradores prestação consultoria e participarão da gestão de projetos, nos comitês da ong (comitês temáticos e territoriais), bem como realizaram consultoria externa a outras ongs ambientais... Empreendedorismo porque faremos o papel de assessores de Coletivos com finalidade de se tornar ongs ambientais... , e pesquisa, estudo e ensino, com relação ao meio ambiente...