Por: Fernanda Lyra, consultora em projetos governamentais.
Fonte: Instituto Filantropia
Quantas vezes você já se pegou em
momentos de brilhantes ideias? O sonho
cresce, você conversa com um ou outro, procura pessoas para integrar sua
equipe, agrega valores, coloca no papel, escreve uma bela justificativa e certo
dia, um edital de chamamento público aparece e se encaixa perfeitamente à sua
necessidade.
Sem muita experiência ou inundado
com a vontade de realizar o “sonho”, você, já credenciado e cadastrado no
Siconv, começa a inserir informações no sistema. Durante a inclusão do “sonho”, você percebe
que algumas coisas poderiam ser diferentes e, então, resolve ler o edital.
Nesse momento, você até percebe
que deveria ter se preparado melhor, mas esperou o último dia de vigência do
programa e se arrisca com as informações que tem, enviando-as para
análise. Você dá sorte (ou azar), e o
valor proposto está nos limites estabelecidos, o objeto está de acordo com o
que será investido e sua instituição tem capacidade técnica para desenvolver o
projeto. E, sob essa análise, ele é
aprovado.
Durante a execução do seu
projeto, você vai descobrindo custos que não foram pensados, começa a perceber
que outras atividades precisariam ser desenvolvidas para que o seu objeto fosse
alcançado e, então, descobre que tudo isso envolve gastos.
Quando esses custos cabem no
orçamento da instituição, tudo se resolve com facilidade. Porém, na maioria dos casos, os recursos são
limitados e impossibilitam a execução total do objeto. Em alguns casos, isso retorna em devolução
total dos recursos, porém, hoje, a devolução deve ser acrescida de juros e
correções, comprometendo o futuro financeiro da instituição.
Captar recursos com o governo
federal é uma ótima forma de viabilizar projetos que envolvam grandes
valores. Conseguimos ganhar
credibilidade em gestão quando o projeto é bem-sucedido e sua prestação de
contas, aprovada, mas isso exige planejamento!
Onze passos para a eficiência em execução de projetos

1.
Faça um levantamento das necessidades da
instituição - converse, com os funcionários dos setores no qual deseja
investir;
2.
Faça um banco de projetos – elabore projetos
para cada necessidade e guarde-os para os possíveis editais que surgirem;
3.
Tenha a planilha orçamentária de cada
projeto – realize a pesquisa de mercado (três orçamentos) para chegar aos
valores necessários;
4.
Pesquise os programas junto aos órgãos do
governo federal – conheça o Plano Plurianual (PPA). Lá, você encontra as prioridades de
investimento do governo e em quais anos os programas estarão disponíveis;
5.
Analise a Lei Orçamentária Anual (LOA) para
saber quanto será investido nos programas;
6.
Realize os ajustes dos projetos (banco de
projetos) elaborados de acordo com as diretrizes do programa escolhido;
8.
Fique atento às solicitações de adequações –
realize os ajustes nos prazos determinados; após aprovado, geralmente, os
recursos levarão por volta de seis meses para serem liberados;
9.
Verifique se os valores inseridos ainda
estão de acordo com os valores de mercado;
10.
Peça remanejamento dos recursos ou
utilização dos rendimentos de aplicação;
11.
Nunca faça nenhuma aquisição que não esteja
prevista no plano de trabalho, mesmo que sejam materiais similares;
Agora, mãos à obra!
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