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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

DEMOCRACIA REPRESENTATIVA E PARTICIPATIVA COMO FOCO DE AÇÕES DO TERCEIRO SETOR

Professor Aroldo Vasconcelos
Economista
Gerente de Fomento ao Terceiro Setor - SEAE

Nesse mês de outubro estamos vivenciando mais uma vez em todo o país o ensaio pessoal e democrático de fazer escolhas. Analisamos as propostas de candidatos em primeiro turno e agora no segundo turno. Pelo sufrágio ocorrido em cinco de outubro próximo passado temos novo compromisso cidadão no dia 26. Quero nesse artigo explorar com os meus amigos e amigas leitores a essência do movimento de organizações do terceiro setor, e ferramenta estatutária de muitas delas que é a representação e a participação na mudança e na transformação da vida em comunidade; a forma do público e do coletivo na expressão elementar dos nossos direitos e deveres como civilizados e como atores sociais. Gostaria de memorar com todos que para haver prosperidade individual e crescimento particular é preciso ambiente oportuno e diálogo, sempre o diálogo. Pois bem, Rondônia avançou bem nos últimos anos nesse campo, temos até uma legislação estadual para regrar as relações entre o governo e as organizações do terceiro setor, tanto as urbanas como as rurais. Uma ação organizada ocorrida no mês de setembro passado demonstra o grau de compromisso com os avanços que essas entidades já registram no campo da gestão focalizada na representatividade e na participação democrática. É fato que entre os anos de 2002 a 2010 governantes da época pouca atenção deram aos movimentos sociais, suas organizações e suas necessidades, talvez pelo formato fechado em si mesmos, priorizando a autossuficiência do Estado como ente resolvedor de todos os problemas públicos; o que na realidade, desde a década de 90 não faz mais parte da agenda de gestores públicos antenados com o desenvolvimento e o potencial de parcerias que o terceiro setor representa. 

Os representantes do povo, eleitos para a gestão do coletivo já não podem se dar ao luxo de acreditar que o primeiro setor é solucionador impreterível de todos os problemas, à exceção daqueles que estão garantidos na constituição como ações intransferíveis - como saúde e educação; ademais a evolução das sociedades e das economias em todo o mundo dizem que os setores de determinada economia em determinado espaço geográfico devem proceder com alianças sociais para a plena garantia de satisfações básicas de todos os seus habitantes. Dito isso, recorro ao momento presente para informar aos cidadãos e cidadãs que o terceiro setor de Rondônia tem suas propostas e seus anseios em relação ao diálogo social, especialmente com os gestores públicos e os empresários na medida em que os problemas sociais advindos de desdobramentos de planos de governo - como é o caso da construção das usinas do Madeira ou de catástrofes naturais - como ocorrido no inicio de 2014 com a cheia histórica dos rios e seus afluentes; retroceder no diálogo social e na participação cidadã com seus conselhos e suas lideranças jamais. Rondônia caminha para o fortalecimentos de suas instituições e suas lideranças representativas e que a eleição em segundo turno possa trazer as certas e devidas garantias de crescimento econômico e desenvolvimento social que o futuro precisa, para os que estão vivos hoje e para os que ainda hão de nascer.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO AJUDA INSTITUTO A DEFINIR SEU FUTURO

Há 16 anos, o Instituto da Oportunidade Social (IOS), mantido pela gigante brasileira de software TOTVS, trabalha com a formação e empregabilidade de jovens e pessoas com deficiência. Tanto tempo de estrada, no entanto, exige momentos de parada para repensar os caminhos percorridos e avaliar quais deverão ser tomados.

“Em 2013, ao assumir uma nova gestão, começamos a refletir sobre o que é nosso trabalho e quais os nossos desafios nos próximos três anos”, diz a gerente geral do IOS, Kelly Christine Lopes. A organização sentiu necessidade de um planejamento estratégico que a ajudasse a definir uma visão de futuro. “Buscamos o IDIS para nos ajudar, pois entendemos que o instituto é uma referência no investimento social privado”, continua Kelly.

O primeiro passo foi fazer um diagnóstico, para obter informações precisas sobre o IOS, explica a gerente de projetos do IDIS, Raquel Coimbra, que coordenou o processo. Na etapa de diagnóstico foram feitas entrevistas com diversas pessoas que trabalham no IOS – cerca de 20% dos funcionários, segundo Kelly, participaram dessa fase de conversas.

A etapa de reflexão estratégica também contou com a participação da equipe do IOS. O IDIS utilizou a metodologia do Balanced Scorecard (BSC) adaptado a organizações da sociedade civil e, como resultado, construiu um mapa que apontou quatro grandes frentes estratégicas para o IOS. “Após a construção do mapa, desdobramos as quatro frentes estratégicas em programas e projetos dentro de um plano de ação com metas até 2016 para o IOS”, diz Raquel.

O trabalho do IDIS encerrou-se com a entrega de um relatório final. O documento está servindo de pilar para dois projetos que o IOS vem desenvolvendo. “Para termos ainda mais presença entre nosso público, estamos investindo em um modelo de capacitação por videoaulas”, diz Kelly. No momento, a equipe está avaliando quais são os modelos existentes no mercado e o que desperta o interesse dos jovens.

Além disso, o instituto também tenta transformar seus cursos em modelos de franquias sociais. “Estamos trabalhando com uma equipe jurídica e buscando parcerias com o Ministério do Trabalho, para nos expandirmos e aumentarmos nossa presença”, afirma Kelly. Ela afirma que os dois projetos devem ser implantados no começo de 2015.

Fonte: Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social